O canal do YouTube HEAVY CULTURE recebeu em sua última live o baixista e vocalista Cody Souza, da banda estadunidense Hatriot, que atualmente divulga o álbum “The Vale of Shadows”. No bate-papo, Cody contou como vê o atual cenário de Thrash Metal e também sobre uma nova onda de “bandas revival”, além de contar como é fazer parte da mesma banda que o pai, Steve “Zetro” Souza (Exodus) e o irmão, Nick Souza. Formado em 2010, o Hatriot já conta com quatro álbuns, sendo os dois primeiros gravados com “Zetro” no comando dos vocais.
Sobre o novo álbum, comentou: “A recepção de todos está incrível, todos estão dizendo que é o melhor material que o Hatriot já lançou. Definitivamente houve alguma diferença no som, nós adicionamos algumas coisas diferentes, coisas que nós gostamos, para deixa-lo mais universal, mas ainda permanecer fiel ao Hatriot e parece que todos estão gostando. O vídeo clipe de “Horns & Halos” saiu há três ou quatro semanas atrás e já está em 47 mil visualizações, o que para os números do Hatriot é muito bom”, A saída, do pai thrasher Steve “Zetro” Souza não ficou de fora do bate-papo: “Nós nos certificamos que eu estava pronto antes de fazermos isso, e eu digo que “chutar” é uma palavra difícil, nós nos movemos em direções diferentes… A transição começou e eu aprendi algumas músicas, nós abordamos meu pai com a ideia de que estávamos o expulsando”. Cody contou ainda que “Zetro” o fez gravar algumas músicas para testar sua aptidão para o posto, pois não queria que o projeto fosse para o lixo com sua saída.
Indagado sobre a nova geração de bandas de Thrash, na qual o próprio Hatriot se encaixa, falou sobre bandas como o Warbringer e o Lich King, e deixou clara sua posição, afirmando que “há lugar para o novo e para o velho. Eu acho que é incrível os gêneros se misturando. Eu gosto da mistura do novo com o antigo, e acho importante porque o Hatriot tem uma mistura do velho Thrash Metal e do novo Thrash de uma maneira muito legal”. Cody ainda falou sobre suas influências, a tecnologia no meio Heavy Metal e o consumo de música online, os planos para o próximo álbum e muito mais!
Em bate-papo realizado no quadro Heavy Girlz, do canal do YouTube Heavy Culture, foi abordado um tema muito importante dentro do nosso meio: a transexualidade no Rock e Heavy Metal. Sob o comando de Nathy Santos, esta quinta edição do quadro contou ainda com as convidadas especiais Föxx Salema e Jeny Kelly. Ambas são conhecidas pelo seu intenso envolvimento com o Heavy Metal nacional, sendo Föxx Salema (https://www.youtube.com/foxxsalema)um exemplo no que se diz respeito à luta contra a transfobia no Brasil, e Jeny Kelly pelo seu trabalho como redatora do site Roadie Metal, além de possuir um canal no YouTube voltado ao Rock/Heavy Metal (https://www.youtube.com/JennyontheRocks).O assunto, sempre delicado e causador de polêmicas, é extremamente necessário em um país repleto de preconceitos, sobretudo no Rock/Heavy Metal. É preciso debater cada vez mais sobre a participação da comunidade LGBTQIA+ na cena Rock/ Metal brasileira.
Para debater sobre este assunto, Föxx e Jeny puderam expor alguns fatos de suas trajetórias e como tem sido trabalhar num cenário tão preconceituoso. Jeny Kelly inclusive contou como foi sua transição, e embora não tenha sofrido muitos ataques, comentou, ainda deixando um livro como referência: “Outras antes de mim tiveram que sofrer para que eu não tivesse tanto sofrimento. Eu estou lendo um livro… de 2017, ano que eu iniciei a minha transição de gênero. Hoje eu tenho 53 anos e iniciei minha transição de gênero aos 47, então eu estou lendo esse livro, “Vidas Trans”. É um livro muito interessante porque ele conta a história de quatro pessoas transexuais, o que elas passaram e o que elas viveram para se assumirem trans e depois que se assumiram trans, a luta e a militância delas na vida para tentarem se afirmar. São todas pessoas vencedoras, tem advogado ali, por exemplo, então são dois homens trans e duas mulheres trans. É um livro muito interessante, “Vidas trans: a Coragem de Existir”, da Astral Cultural. Aquelas pessoas que precisam entender e aprender sobre o que é ser uma pessoa trans eu recomendo a leitura desse livro”. Entretanto, Jeny fala sobre a relação com sua família, contando que não tem contato com sua família de sangue há quatro anos, sofrendo rejeição inclusive de seus pais, citando que “a rejeição convive diariamente com a gente”.
Föxx Salema também contou alguns detalhes de sua transição, e contou que há anos sofre ataques virtuais da extrema direita devido à sua visão progressista e de total apoio à causa LGBTQIA+, se tornando uma porta-voz desta comunidade dentro do Rock/Metal brasileiro. Sobre estes ataques, contou: “Tive o apoio da mídia nacional, tive o apoio do público que que gosta desse gênero, de algumas pessoas musicistas… Através do site português chamado Hedflow, através da repórter Stefani, eles conseguiram fazer o Jean Willys fazer um vídeo lá na França, ele gravou um vídeo me defendendo sobre isso o que eu estava passando aqui no Brasil…”. A musicista também deu sua opinião sobre se há preconceito em determinados estilos ou é algo geral: “Tenho pessoas dentro do Metal extremo que me trataram muito bem, e tem pessoas que gostam mais de AOR e Hard Rock que são bolsonaristas que me destrataram. Na minha opinião, na minha vivência, acho que é de pessoa a pessoa”.
A agenda do HEAVY CULTURE segue no dia 16/07, com agenda confirmada com Scott Watts e Gus Pynn do lendário Sacrifice. Na sequência, o vocalista Andre Grieder baterá um papo com o staff no dia 19/07, às 17h, falando sobre o Poltergeist e sua experiência no Destruction, onde gravou o álbum “Cracked Brain” em 1990. Ainda no mês de julho o canal receberá Francis e Mark do Opprobium. Além da agenda de entrevistas internacionais, o canal também possui outros quadros temáticos, como o Heavy Girlz, Heavy Sword, Heavy Ladies, Heavy Lab e Heavy Brasilis.
O canal do YouTube HEAVY CULTURE conversou com o baixista e guitarrista sueco Nico Elgstrand, que passou pelo Entombed, Entombed A.D. e Terra Firma, No Entombed, Nico tocou baixo em no EP “When in Sodom” (2006) e no álbum “Serpent Saints (The Ten Amendments) (2007)”, e após o imbróglio com o nome da banda, acompanhou o saudoso vocalista L-G Petrov no Entombed A.D., onde foi o responsável pelas guitarristas dos álbuns “Back to the Front” (2014), “Dead Dawn” (2016) e “Bowels of Earth” (2019). No final da década de 1990 investiu no Heavy retrô com o Terra Firma, lançando o debut autointitulado em 1998. Nico também atua no ramo como produtor, tendo assinado produção/mixagem de álbuns do Grand Magus, Gorgoroth, Krux, Dismember e dos próprios álbuns que gravou com suas bandas. Também participou como convidado especial em álbuns do Grand Magus, Krux e Necrophobic, tocando guitarras acústicas e orquestrações.
Sobre o falecimento de L-G Petrov em 2021, o músico comentou: “Ainda estou de luto, foi um golpe horrível, uma perda terrível e converso com frequência com o resto dos caras da banda, então temos conversado sobre fazer algo algum dia. Acho que todos nós ainda sintam isso, ainda estamos sofrendo com a perda, então é como se não houvesse uma vibe para continuar fazendo qualquer coisa. No momento eu não sei se isso vai acontecer no futuro, as pessoas têm perguntado sobre todos os tipos de reunião ou tributos e talvez no futuro façamos algum tipo de tributo para ele, mas agora ainda é muito difícil”. Após o lançamento de “Serpent Saints (The Ten Amendments) (2007)” houve uma grave cisão, que gerou muito falatório na mídia. De um lado, o vocalista L-G Petrov, de outro, membros da formação clássica. Nico, que a recém tinha entrado na banda, explicou: “Saímos e decidimos que queríamos fazer coisas diferentes depois do “Serpent Saints”, houve muita turbulência e algumas pessoas na banda não queriam continuar em turnê. De repente apenas mudamos para o nome provisório com o A.D. para poder continuar gravando álbuns e fazer turnês”.
A agenda segue no dia 16/07, em papo com Scott Watts e Gus Pynn para falarem sobre a trajetória do Sacrifice. E finalizando o mês, Andre Grieder baterá um papo com o staff no dia 19/07, às 17h, falando sobre o Poltergeist e sua experiência no Destruction, onde gravou o álbum “Cracked Brain” em 1990. Ainda no mês de julho o canal receberá Francis e Mark do Opprobium. Além da agenda de entrevistas internacionais, o canal também possui outros quadros temáticos, como o Heavy Girlz, Heavy Sword, Heavy Ladies, Heavy Lab e Heavy Brasilis.
O canal do YouTube HEAVY CULTURE conversou com o lendário guitarrista Rick Rozz, membro fundador das bandas Death e Massacre. O músico, que hoje encabeça o Left To Die, possui um currículo que abrange ainda os projetos recentes (‘M’) Inc., Gangs of Old Ladies, The End e The Ride, além de participações no álbum “Rat God” do Inhuman Condition e no álbum “This Insidious Horror” do Feed the Corpses to the Pigs, ambos de 2021. Ao lado de Chuck Schuldiner gravou todas as primeiras demos e o segundo álbum do Death, “Leprosy” (1988). Com o Massacre, outro nome seminal do Death Metal da Flórida, participou de todos os quatro álbuns de estúdio, sendo o mais recente “Resurgence”, de 2021, quando veio a abandonar o barco e dar início ao Left To Die.
O Left To Die é mais um supergrupo de Death Metal, formado ainda por Matt Harvey, guitarrista e vocalista do Exhumed e Gruesome, Terry Butler, ex-baixista do Death e atual Obituary e o baterista Gus Rios, do Gruesome. A banda vem trabalhando em seu EP de estreia e se prepara para prestar tributo ao Death em uma turnê tocando o álbum “Leprosy” na integra e músicas do debut “Scream Bloody Gore”. E para falar sobre este projeto e sua trajetória no mundo do Death Metal, o staff do HEAVY CULTURE pôde contar com a presença do guitarrista num excelente bate-papo, onde ele falou sobre a expectativa de tocar esse material antigo do Death, a recente experiência com o Inhuman Condition, detalhes sobre a época do Massacre e fatos sobre o clássico “Leprosy”.
O canal do YouTube HEAVY CULTURE conversou com o vocalista/baterista Kingley “King” Fowley, das bandas estadunidenses Deceased e October 31, nomes clássicos do underground vindos de Arlington, estado da Virginia. O Deceased, formado há quase 40 anos, celebra o que há de melhor na união do Death/Thrash Metal com pitadas de Metal tradicional, resultando em álbuns clássicos como “The Blueprints for Madness” (1995) e “Supernatural Addiction” (2000). Os últimos lançamentos do grupo foram, além de um ótimo disco de inéditas, intitulado “Ghostly White” (2018), dois novos álbuns de covers, um deles dedicado ao lado mais obscuro do Thrash Metal, “Thrash Times at Ridgemont High” (2021) e outro dedicado às influências Hardcore, o estupendo “Rotten to the Core Part 2 (The Nightmare Continues)” (2020). E o October 31, banda de Fowley voltada ao Heavy Metal tradicional, também decidiu seguir a tradição do Deceased e mostrar suas influências através de “Metal Massacre 31” (2016), um álbum tributo onde o grupo gravou faixas selecionadas das oito edições da clássica coletânea “Metal Massacre”, lançada pela gravadora Metal Blade Records desde a década de 1980.
Para saber um pouco mais sobre a história destas duas bandas, o vocalista Kingley “King” Fowley concedeu um enriquecedor bate-papo ao staff do HEAVY CULTURE, onde contou como assumiu os vocais e bateria do Deceased: “Quando o Deceased começou eu originalmente tocava baixo. Tínhamos um baterista e eu era o baixista, mas o baterista preferia a namorada dele ao Metal e então sabíamos que precisávamos de um baterista mais do que precisávamos ter um baixista… Então eu troquei meu equipamento de baixo muito caro e troquei por uma bateria realmente de merda, mas era algo para tocar e eu não tinha experiência nenhuma.” Sendo assim, Fowley assumiu as baquetas do grupo e logo depois os vocais, fazendo os primeiros shows na região, em festas, já que não havia uma cena propriamente dita de Metal: “Quando tocávamos Slayer, Voivod e Mercyful Fate ninguém sabia o que era naquela época, o Slayer ainda não tinha decolado, então ninguém sabia o que era. Nós tocamos em muitas festas com bandas Punk, e eu diria que cerca de cinco a oito shows eu nem cantei, nós apenas subimos no palco, e bem, eu nem chamo de palco…”.
Naqueles primeiros dias, o Deceased tocava material de bandas como Hirax, Motörhead, Slayer: “Tocávamos coisas como Bathory e fazíamos vocal gutural do Sodom… Eu não cantava no começo só porque tive que aprender, levou alguns anos à medida que avançávamos, mas sim, eu gostei de fazer isso e fiquei muito bom nisso depois de alguns anos”. O vocalista ainda contou que com o October 31 ele só queria cantar de forma mais melódica, relembrando a primeira vez que assumiu apenas os vocais no palco, o que acabou o influenciando para largar a bateria do Deceased em 2002 e desde então comandando apenas o microfone, mas sua paixão pelas baquetas sempre falou bem alto, revelando que ainda escreve todas as linhas de bateria. Sobre o surgimento do October 31, disse que o que o motivou a investir no Heavy Metal tradicional foi a dominância do Grunge e Pantera na década de 1990, o que ofuscou todo aquele cenário oitentista. A parceria com o guitarrista Brian “Hellstorm” Williams do October 31 surgiu em 1995, pois ambos tinham os mesmos gostos musicais e opinião sobre a cena Metal daquela época e como o Heavy Metal deveria soar. O resultado veio dois anos depois, com o lançamento do debut “The Fire Awaits You”.
Fowley, após contar mais detalhes sobre suas influências, tanto musicais quanto de cinema,mostrou-se empolgado quando fala da vontade de tocar no Brasil: “O Brasil é muito importante para mim, cresci ouvindo os discos da Cogumelo (Records) e eu gostaria muito de ver todos os amigos por correspondência (obs: da época das cartas) com quem ainda mantenho contato”.
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O canal do YouTube HEAVY CULTURE, quando iniciou suas atividades, em 2020, deixou claro seu objetivo: realizar bate-papos informais com nomes seminais do som pesado, focando sempre na música e em detalhes de suas carreiras. No último sábado, dia 22, o staff realizou uma de suas lives mais épicas, com Mick Harris, ex-baterista do Napalm Death. Com quase duas horas de duração, o papo rolou em torno de sua marcante passagem pelo Napalm Death, seus projetos de Industrial e planos futuros. Responsável pelas baquetas dos clássicos “Scum” (1987), “From Enslavement to Obliteration” (1988) e “Harmony Corruption” (1990), os discos mais festejados da instituição britânica, Harris pôde esclarecer algumas dúvidas sobre estes trabalhos, sobretudo seu estilo de tocar e performances ao vivo.
Indagado pela mudança de sonoridade em “Harmony Corruption”, bastante moldada pelo Death Metal da época e influenciado pelo que estava sendo produzido no Morrisound Recording, em Tampa, Flórida, o baterista comentou que a produção do álbum poderia ser melhor produzida, e que trabalhar com Scott Burns foi um grande erro, pois eles gostariam de trabalhar com ele na engenharia de som, e não na produção. Segundo Harris, a produção ficou muito padronizada, e embora a pegada Grindcore ainda esteja lá, a sonoridade ficou mais voltada ao Death Metal. O músico ainda confirmou que Andreas Kisser, do Sepultura, emprestou um pedal de distorção para os integrantes do Napalm Death.
O baterista também deu sua opinião sobre o atual direcionamento musical do Napalm Death, declarando que não aprova o que Shane Embury & cia estão produzindo em termos sonoros, mas afirmou que gostaria de produzir a banda, e que está contente com o fato de ele e o baixista Shane Embury ainda serem amigos.
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Em fevereiro o HEAVY CULTURE receberá o guitarrista Victor Griffin, músico estadunidense que já integrou o lendário Pentagram e que atualmente segue na linha de frente do Doom Metal com In-Graved, Place of Skulls e Death Row. O bate-papo será realizado em 01/02 às 19h. Em seguida, na sexta-feira, 04/02 às 19h, o canal baterá um papo com Ciero e Fogaça, do Oitão, e no sábado, 05/02, o canal recebe o Into the Strange às 18h.Em 08/02 mais uma live imperdível, com Jack Starr, guitarrista fundador do Virgin Steele e Jack Starr’s Burning Starr, seguido de Paul Arnold, baixista e vocalista do At War no dia 15/02 às 20h.
O canal do YouTube HEAVY CULTURE iniciou 2022 com um excelente e informativo bate-papo com o guitarrista James Murphy, músico que no decorrer das décadas fez parte de bandas como Disincarnate, Cancer, Death, Konkhra, Obituary e Testament. Além de um currículo invejável forjado nestas bandas, como artista solo lançou dois álbuns, “Convergence” (1996) e “Feeding the Machine” (1998), este último com ótima receptividade no Brasil na época. Como convidado especial também participou de músicas de bandas como Artension, Broken Hope, Firewind, Gruesome e muito mais. Sua carreira, porém, sofreu um revés logo após o lançamento do álbum “The Gathering”, do Testament, em 1999, quando passou por uma cirurgia no cérebro para remover um tumor, o que lhe causou uma severa perda de memória.
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O longo papo, de mais de uma hora de duração, contou ainda com riffs tocados por James Murphy ao longo da live, de músicas do Death e Testament, e para os interessados em equipamentos, o músico ainda mostrou alguns pedais que usa. A live abordou a homenagem realizada à Chuck Schuldiner em dezembro, quando antigos membros do Death e outras bandasrealizaram um show em Tampa, Florida, com Murphy tocando o álbum “Spiritual Healing” na íntegra ao lado de Terry Butler (baixo), Gus Rios (bateria) e Matt Harvey (guitarra/vocal), estes dois últimos integrantes do Gruesome. Murphy também falou sobre a experiência de lançar dois álbuns solo durante uma época não muito propícia para o estilo.
Além disso, questionado se haveria possibilidades de um novo álbum solo, Murphy disse que as possibilidades mais prováveis de um futuro próximo é de fazer shows com o Disincarnate. Sua marcante participação no Testamento também foi abordada, quando teve a possibilidade de participar dos álbuns “Low” (1994), “Demonic” (1997)e “The Gathering” (1999). Sua rápida mas marcante passagem pelo Obituaryno álbum “Cause of Death” (1990) foi igualmente discutida, bem como “Death Shall Rise” (1991) do Cancer, que segundo o músico, trata-se apenas de uma participação especial, e que ele não chegou a fazer parte da formação oficial do grupo, diferente do que na época foi divulgado.
O HEAVY CULTURE ainda realizou uma brincadeira com Murphy, onde ele deveria fazer comentários sobre guitarristas como Jimi Hendrix, Joe Satriani e Gary Holt. Para finalizar, o guitarrista contou detalhes sobre sua passagem pelo Death e como foi sua relação com Chuck. A próxima live será realizada em 25/01 às 19h, com a participação do vocalista Tim “Ripper” Owens, que atualmente divulga o debut do KK’s Priest. Em fevereiro o canal receberá o guitarrista Victor Griffin, músico estadunidense que já integrou o lendário Pentagrame que atualmente segue na linha de frente do Doom Metal com In-Graved, Place of Skulls e Death Row. O bate-papo será realizado em 01/02 às 19h.
Em live realizada no dia 09/11, o canal do YouTube HEAVY CULTURE recebeu o vocalista Steve Sylvester, da banda italiana Death SS. A Itália, além de ser lar de inúmeros cineastas de filmes de terror, como Dario Argento, Mario Bava e Lucio Fulci, também é sede de bandas de Doom/Power Metal épico e de Rock Progressivo como Rhapsody, Doomsword, Time Machine, Domine, Dark Quarterer, Banco del Mutuo Soccorso e Premiata Forneria Marconi. E foi lá que surgiu uma das bandas mais icônicas do Heavy Metal mundial, o Death SS. Na ativa desde 1977 e com dez álbuns de estúdio na bagagem e uma série de singles, splits, álbuns ao vivo e compilações, o grupo carrega uma história de respeito e longevidade, sempre ao comando do enigmático vocalista, que por um breve momento na década de 1990 criou um projeto solo com seu nome, mantendo as mesmas características do Death SS.
Nestes 44 anos de trajetória, a banda forjou verdadeiros clássicos, como “…in Death of Steve Silvester” (1988), “Black Mass” (1989) e “Heavy Demons” (1991), este último uma verdadeira aula de como inserir elementos de horror ao Heavy Metal, e mostrando como não é preciso tocar Black Metal para falar de temas obscuros, vide o que já fazia o Black Sabbath e Blue Öyster Cult anteriormente e como fez o Ghost tempos depois. Envolto numa sonoridade baseada entre o Heavy e o Doom Metal, o Death SS engloba também uma pegada Industrial, bastante sentida no álbum “Panic”, lançado em 2000.
E para falar desta jornada, Steve Sylvester atendeu o HEAVY CULTURE com muita simpatia atenção, onde foi destacado o lançamento do novo álbum, “Ten”, que saiu dias antes do bate-papo no dia 29 de outubro. Indagado sobre a rápida repercussão do álbum, o vocalista disse que tem sido muito boa, e que aguarda uma normalização da situação pandêmica para voltar aos palcos. O Death SS tocará no Wacken em 2022, mas aguarda por shows normais, sem restrições ou limitações ao público, pois, segundo ele, “precisamos de uma troca de energias entre a banda e o público”. Uma das faixas de destaque de “Ten”, lançada como single em setembro, é “Zora”, uma homenagem à personagem de mesmo nome, também conhecida como Mulher Lobo. Transitando entre o terror e o erotismo, os quadrinhos foram lançados no Brasil na década de 1980 e eram proibidos para menores de 18 anos. Sylvester contou que sempre quis fazer algo para homenagear a personagem, revelando também sua imensa paixão por HQs, sendo um grande colecionador de quadrinhos de horror e eróticos.
Questionado sobre sua música preferida em “Ten”, o vocalista afirmou que todas são, que ama todas da mesma forma, explicando que elas foram compostas nos últimos dois anos, ou seja, em plena pandemia, e ainda revelou que a música “Suspiria” não se trata de uma homenagem ao clássico filme de Dario Argento, mas sim a uma HQ de mesmo nome lançada pela editora italiana Annexia¸ especializada em trabalhos voltados ao horror erótico. O HQ “Suspiria – Do Reino das Trevas”, contou com a participação dos artistas italianos como Andrea Bulgarelli, Franco Saudelli e Andrea Jula, e teve capas assinadas pelos artistas gráficos Alex Horley e Nikk Guerra. Todo esse fascínio por HQs e horror está refletido nas capas dos álbuns do Death SS, e este é um trabalho que Sylvester cuida do início ao fim, como explicou na live, dizendo que é muito preocupado com a arte gráfica.
Sobre suas influências, revelou que inicialmente Alice Cooper e Kiss não estavam em sua lista de prioridades, mas sim bandas de Glam Rock, como Slade e The Sweet, e que sua ideia inicial era juntar as influências destas bandas, adicionando o estilo de produção dos filmes de horror da produtora inglesa Hammer Productions e também Punk Rock, que estava surgindo na época e que ele vivenciou, além das sexy comics. Dentre os vocalistas que ele mais admira estão Dave Hill, do Slade, Dan McCafferty do Nazareth, Tom Keifer do Cinderella e Jon Oliva do Savatage. Segundo o italiano, a intenção era misturar todo esse caldeirão de influências e criar algo original, citando ainda durante a live que na época eram todos garotos e que apenas faziam o que gostavam, tornando-se pioneiros ao utilizar elementos satânicos em seu visual, antes mesmo de Venom e Mercyful Fate. Sobre bandas novas, disse que gosta de Ghost e que das bandas brasileiras conhece apenas Sepultura. Com tantas décadas de estrada, Sylvester disse que se orgulha de cada lançamento, e que cada álbum reflete uma parte dele como compositor: “Cada década foi importante, eu nunca parei de estudar, de trabalhar. Para mim o Death SS é uma parte da minha vida. É o que sou dia a dia”.
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A agenda de novembro do HEAVY CULTURE segue no dia 16/11 com o baixista Tobias Cristiansson, do Grave, e no 23/11 a equipe conversará com David DeFeis, vocalista do Virgin Steele. Finalizando novembro, no dia 30 o canal receberá o guitarrista Craig Locicero, do Forbidden.
O canal do YouTube HEAVY CULTURE recebeu no dia 26/10 o lendário guitarrista Rick Hunolt, membro da formação clássica do gigante do Thrash Metal EXODUS. Afastado da banda desde 2005, o músico, porém, tem se mostrado bastante ativo com a banda, tanto participando de shows quanto gravando alguns solos para o aguardado novo álbum, “Persona Non Grata”, que será lançado no dia 19 de novembro. Hunolt, no bate-papo, contou que gravar novamente com os ex-colegas depois de tanto tempo foi como se estivesse em casa, sentindo-se extremamente confortável. Sua participação em shows recentes – para levantar fundos para o tratamento de câncer do baterista Tom Hunting – também foram bem interessantes, o que tem levado algumas pessoas a questionar sobre seu retorno ao grupo. Para o HEAVY CULTURE, o guitarrista disse que se divertiu muito nos shows e que se o chamarem para tocar, ele o fará com prazer, não descartando a ideia de algum dia voltar ao line-up, pois, segundo ele, se houver uma proposta, ele retornaria, pois nada é impossível.
Indagado sobre sua importância para o Thrash Metal, sobretudo por sua pegada agressiva com riffs insanos ao lado de Gary Holt, o músico disse que não se considera um “riff master”, mas afirmou que está lá desde o começo do estilo. E é justamente este pioneirismo que foi destaque do papo, onde Hunolt diz que as velhas bandas continuam fiéis ao som de outrora, mas é importante que as bandas novas, mesmo seguindo as influências old school, tentem renovar o estilo, inserindo sua própria personalidade, e que os fãs precisam ter a cabeça aberta. “É importante que as bandas tenham identidade”, citou o guitarrista, lembrando das inovações que o Sepultura fez com “Roots”, adicionando elementos novos ao seu Thrash Metal e criando algo único.
Um dos assuntos mais festejados por Hunolt foram as lembranças sobre as turnês brasileiras, sobretudo aquela épica tour de 1998, quando o guitarrista relembrou os momentos que passaram na cidade de Paraty, localizada no litoral sul do estado do Rio de Janeiro. Naquela época o grupo divulgava o álbum ao vivo “Another Lesson in Violence”, lançado no ano anterior e marcando o retorno à ativa, tendo à frente o carismático vocalista Paul Baloff. O lendário frontman, que até hoje é lembrado com muito carinho pelos integrantes, gravou apenas um álbum de estúdio com a banda, o clássico “Bonded by Blood”, lançado em 1985. O staff do HEAVY CULTURE questionou Hunolt se o álbum em questão tivesse sido lançado antes – já que estava gravado há cerca de um ano– as coisas poderiam ter sido diferentes para a banda, talvez superando o Metallica ou talvez integrante o famigerado Big 4 do Thrash Metal. O guitarrista disse que todo tem seu lugar no Thrash Metal old school, mas admite que se não houvessem tantos atrasos nos lançamentos as coisas talvez tivessem tomado outro rumo, indicando ainda que terem tirado Baloff da banda dificultou ainda mais o processo, pois as pessoas o amavam, mas deixou claro que na época eles todos ainda eram muito novos e não sabiam o que estavam fazendo.
Assista ao bate-papo com Rick Hunolt:
A agenda de novembro do HEAVY CULTURE contará, até o momento, com as seguintes participações: 09/11 com o vocalista Steve Sylvester, da banda italiana Death SS, 23/11 com David DeFeis, vocalista do Virgin Steele e no dia 30/11 o canal receberá o guitarrista Craig Locicero, do Forbidden. Outras participações serão divulgadas em breve.
O canal do YouTube HEAVY CULTURE recebeu nos dias 14/10 e 18/10, respectivamente, as bandas The Troops of Doom e Violator, que estão com lançamentos novos no mercado. A live com o vocalista Alex Kaffer, do The Troops of Doom, abordou, dentre outros assuntos, o mais recente lançamento do grupo, o EP “The Absence of Light”, que contou com a participação de Jeff Becerra, vocalista do Possessed. O vocalista relembrou a experiência que tem sido trabalhar com a banda durante a pandemia, pois desde o momento em que a banda foi criada, em março de 2020, todas as gravações e produção do EP de estreia foram realizadas remotamente, e nenhum ensaio foi realizado neste período. Entretanto, ele deixa claro que sua maior vontade no momento é tocar ao vivo, em cima do palco, encarando o público no “olho no olho”.
Kaffer também deu detalhes sobre as composições e gravações do álbum completo, que já está inteiramente composto e o processo de gravações iniciará em breve e até o final do ano o disco estará completamente gravado, com lançamento previsto para o primeiro semestre do próximo ano. Sobre a sonoridade do álbum, seguirá a mesma pegada dos EPs, podendo soar até mesmo mais cru, nas palavras do vocalista. A live realizada com Pedro Poney, baixista e vocalista do Violator, teve como destaque o lançamento de “Violator na China!”, livro que conta a experiência do grupo na turnê realizada na China em 2019. Poney revelou detalhes sobre o livro e como surgiu a ideia de produzi-lo, relembrando inclusive algumas experiências e impressões sobre o país. Indagado sobre um novo álbum do Violator, o vocalista respondeu que será trabalhado assim que possível, e que no momento a banda está com os ensaios parados devido à pandemia. Contudo, revelou que a banda já tem oito músicas encaminhadas e que possivelmente venham a lançar um álbum completo no próximo ano.
Assista ao bate-papo com Alex Kaffer:
Assista ao bate-papo com o Pedro Poney:
A agenda de outubro do HEAVY CULTURE será encerrada com um convidado muito especial no dia 26/10, às 19h: Rick Hunolt, lendário ex-guitarrista do Exodus.Desde 2005 fora da banda, o mestre do Thrash, responsável por gravar clássicos como “Bonded by Blood”, “Pleasures of the Flesh” e “Tempo of the Damned”, contará um pouco de sua história no mundo da música pesada e o que anda fazendo atualmente.