Cinco anos após o lançamento de “Imortal” (2018), a banda carioca Azul Limão acaba de lançar fisicamente seu mais novo álbum, “Na Pressão”, pela Dies Irae Records.
Para celebrar a conquista, a banda promoveu no dia 27 de Janeiro uma apresentação na Sala Baden Powell (Copacabana – RJ). O Teatro possui uma boa estrutura, e deu ao evento uma dinâmica diferenciada, pois os fãs presentes ficaram acomodados em cadeiras.
O set apresentado se baseava em dois, digamos, atos. O primeiro trazendo o novo álbum na íntegra e depois, alguns clássicos da banda.
A banda composta por André Delacroix (Bateria), Vinicius Mathias (Baixo), Marcos Dantas (Guitarra) e Renato Trevas (Vocais) subiu ao palco ao som da música que dá nome ao último lançamento, Na Pressão.
O vocal estava saindo meio baixo, um pouco embolado, mas foi corrigido na música seguinte, Nunca se Renda, seguida por Dinheiro Dinheiro e Crom, contando sobre experiências na Linha 2 do Metrô da Cidade Maravilhosa foram as seguintes.
As músicas novas soaram potentes ao vivo, o bom público presente já entoava as novas letras com certa facilidade. Com certeza algumas ganharão presença certa entre os próximos sets da banda. O show prossegue com a balada Perdão.
São executadas as músicas Vírus Mortal, quem adivinhar a inspiração ganha um doce, 1983, uma ode ao início da invasão do Heavy Metal ocorrida no Brasil, com várias referências e homenagens. Hipócrita, depois da audição, fica bem clara a proposta. E O Medo é o Inimigo, como Trevas comentou, a Fear Of The Dark do Azul Limão.
Completando o álbum Na Pressão e já emendando na segunda parte do show, temos a adição do guitarrista Dicastro para a execução do cover de Alta Velocidade, imortalizada pela banda Sangue da Cidade e Coração de Metal, eterno clássico so Stress cantada em uníssono, ambas composições de Dicastro.
Nesse momento alguns dos presentes já se juntavam mais próximos do palco e bangeavam sem parar. Seguindo a apresentação, tivemos Não Vou Mais Falar, presente no álbum de estréia da banda, “Vingança” (1986). Era chegada a hora então do mais novo hino da banda, Guerreiros do Metal do álbum “Imortal” (2018), mais uma com grande participação do público.
O set seguiu com Sangue Frio (“Vingança”), Solidão (“Ordem e Progresso”, 1987) com Trevas lembrando que só conseguia enxergar metade do teatro, realmente o ambiente estava bem escuro, mas nada que atrapalhasse a experiência. E fechando a noite, mais duas do debut da banda, Satã Clama Metal e Vingança.
Com praticamente 42 anos de existência, a banda continua com um pique invejável a muitos garotos que estão começando agora. Se por um lado temos Vinicius e Marcos, membros fundadores da banda, que possuem no palco uma postura um pouco mais concentrada, por outro temos André Delacroix, o cara é uma máquina, sempre sorrindo, interagindo com o público, me mostrem um baterista que toque com mais felicidade do que ele … e o “caçula” Trevas, esbanjando simpatia e interação com todos.
Ao final da celebração, a banda dedicou tempo aos fãs presentes com direito a fotos, autógrafos e um bom bate papo. A Dies Irae também marcou presença com um estande onde boa parte do material da banda estava disponível para venda, a preços justos assim como outros lançamentos do selo.
Uma noite memorável!!!
Setlist: Na Pressão / Nunca Se Renda / Dinheiro Dinheiro / Crom / Perdão / Vírus Mortal / 1983 / Hipócrita / O Medo é Inimigo / Alta Velocidade (Sangue da Cidade Cover) / Coração de Metal (Stress Cover) / Não Vou Mais Falar / Guerreiros do Metal / Sangue Frio / Solidão / Satã Clama Metal / Vingança.