Posts com Tag ‘Arandu Arakuaa’

O metal como gênero do rock carrega o estereótipo de ser o filho “malvadão” do rock and roll. Por mais que isso seja verdade em alguns casos, em outros, vemos que a carapuça não serve. Autoestima, mitologia, RPG, filosofia, História, folclore e muito mais! Cada banda de metal busca se destacar não somente na música, mas também em letras que vão além da tríade sexo, drogas e rock and roll. Para celebrar o Dia Mundial do Rock separamos abaixo 10 bandas que se destacam na arte de sair da caixinha:

Iron Maiden: Tendo o vocalista, Bruce Dickinson, formado em História, eles seguiram a temática até mesmo nas músicas. Em “Invasion”, eles falam sobre a invasão dos Vikings na costa dos Bretões, no século IX. Já em “Genghis Khan”, a faixa instrumental faz alusão ao conquistador mongol que dominou uma área de 20 milhões de metros quadrados entre 1200 e 1227. Há também músicas sobre Alexandre, o Grande, na faixa “Alexander The Great”; a canção “2 Minutes do Midnight” fala sobre a Guerra Fria, e a lista não tem fim. Se quer banguer e aprender um pouco mais sobre História, Iron Maiden é a sua desculpa!

Assista 2 Minutes to Midnight: https://www.youtube.com/watch?v=9qbRHY1l0vc

Sabaton: Quem também segue a mesma onda de História é a banda de power metal sueca. Fãs brasileiros, inclusive, organizaram sete álbuns da banda em ordem cronológica em relação às Histórias que eles contam. A ordem começa em 206 A.C, com a música “The Art of War”, que fala sobre quando Sun Tsu escreveu o famoso livro, e segue até o Saque de Roma, a Primeira Guerra Mundial, o Holocausto, a Segunda Guerra Mundial, Guerra do Vietnã, Guerra das Malvinas, Guerra do Golfo e até a mais recente, Guerra do Iraque.

Assista The Last Stand: https://www.youtube.com/watch?v=i9BupglHdtM

Metallica: Ouvidos que não são treinados, a ouvir os riffs, as construções rítmicas e o bate-cabeça da banda de trash metal, não pensam que há poesia nas letras. Tolos! James Hetfield consegue falar de temas pesados com a sensibilidade de poucos. Uma das primeiras baladas da banda, “Fade to Black” fala sobre tendências suicidas. Já a clássica “Master of Puppets” fala sobre os efeitos negativos do uso de drogas e álcool, indo contra a moda da época, que destacava positivamente o uso de entorpecentes. Em “One”, a letra conta sobre um soldado que foi à Primeira Guerra Mundial e voltou mutilado, apenas com seu cérebro intacto.

Assista One: https://www.youtube.com/watch?v=WM8bTdBs-cw

Epica: A banda holandesa fala sobre tecnologia, sobre religiões, política, cultura, mas sempre com um olhar crítico, voltado para a visão humana destes temas. Na canção “Façade of Reality”, o ataque às Torres Gêmeas é o principal tema, chegando a contar com trechos do discurso do então primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair. Já a música “Another Me in Lack’ech”, fala sobre a riqueza dos maias e a ganância dos conquistadores e como isso destruiu uma civilização. Em “Beyond Belief”, a banda fala sobre a disputa entre ciência e religião, sem desmerecer nenhum dos lados. Já em “Universal Death Squad”, a fixação pela tecnologia significa o fim da humanidade.

Assista Façade of Reality: https://www.youtube.com/watch?v=CXp8297gqTU

Black Sabbath: Inspirado em um filme de horror italiano, surgiu a banda Black Sabbath. Como não podia ser diferente, as canções também trazem a temática do gênero horror, como também temas sociais. No clássico “Iron Man”, a tecnologia é o tema predominante,  quando teme que o “homem de ferro” pudesse voltar-se contra os humanos que o criaram. Outro hit, “War Pigs”, fala sobre políticos considerados responsáveis pelo horror da guerra. Já em “Children of the Grave”, fala-se sobre o futuro das crianças após uma guerra nuclear.

Assista “Iron Man”: https://www.youtube.com/watch?v=5s7_WbiR79E

Lyria: A banda brasileira de metal sinfônico traz em suas canções letras que abordam autoestima, superação e mitologia. Em “Let Me Be Me”, o grupo estimula o autoconhecimento e lutar para ser quem é, em uma sociedade mantida por aparências. Já em “The Rain”, a temática é o autismo e foi inspirada por um fã australiano que foi diagnosticado no espectro. A mitologia está presente em músicas como The Phoenix Rebirth que faz alusão à figura mitológica da fênix, Reflection que fala sobre o mito de Narciso e Ashes of my Fears sobre o Mito da Caverna.

Assista “Let Me Be Me”: https://youtu.be/dLYbAZIltvU

Gloryhammer: O RPG é a temática que guia a banda anglo-saxã de power metal sinfônico. Cada membro da banda representa um personagem e eles usam armaduras e roupas estilo RPG, como mago, guerreiro, entre outros. Cada álbum é como se fosse uma nova campanha de RPG de fantasia, com elfos, busca por artefatos e missões em terras longínquas.

Assista “Gloryhammer”: https://www.youtube.com/watch?v=tKlVYJTSzuU

Disturbed: A banda de metal estadunidense fala de temas variados e até mesmo chega a inspirar soldados, como na letra de “Indestructible”. Mas também fala de suicídio, como em “Inside the Fire”, inspirada pela história real do vocalista, que presenciou o suicídio de sua namorada, quando ambos eram adolescentes. O anti-racismo também é encontrado nas canções da banda, que na música “3” fala sobre o caso “West Memphis Three”, em que três jovens do “Cinturão Bíblico” (região dos EUA onde a religião cristã se confunde com a cultura) que ouviam heavy metal e vestiam-se de preto foram acusados e julgados culpados de assassinato, ainda que não houvesse evidência.

Assista “Indestructible”: https://www.youtube.com/watch?v=aWxBrI0g1kE

Turisas: A História volta a aparecer nas canções desta banda finlandesa, que fala sobre os sentimentos de soldados que estão longe de casa (“The Land of the Hope and Glory”), sobre fatos históricos da Europa, como a Guerra dos 30 anos (“Rex Regis Rebellis”). E também traz álbuns conceituais como “The Varangian Way”, que fala sobre um grupo de escandinavos que viajam por meio do rio medieval Kievan Rus’, para chegar no Império Romano. Ou como em “Stand Up and Fight”, que fala sobre a Guarda Varegue, grupo de nórdicos que trabalhavam para o Império Bizantino.

Assista “Stand Up and Fight”: https://www.youtube.com/watch?v=7woW7DmnR0E

Arandu Arakuaa: A fim de valorizar as manifestações culturais dos povos indígenas do Brasil, a banda brasileira de folk/thrash metal canta em tupi-guarani. Em suas letras, histórias sobre os povos originários, como em “Tupinambá”, inspirada no livro “Viagem ao Brasil”, em que um aventureiro é sequestrado e quase morto em um ritual de canibalismo por índios Tupinambás. Já a canção “Hêwaka Waktû” é inspirada nos rituais para atrair a chuva para a mata.

Assista Hêwaka Waktû: https://www.youtube.com/watch?v=aT6eLthDwUE

Orbe Comunicação

Metal Nativo - Heavy Metal Online.jpg

Um dos programas mais importantes de apoio ao cenário nacional é o “Heavy Metal On Line”, produzido e dirigido por “Clinger Carlos Teixeira”, que tem como fundamento levar até o público um documentário sobre algum assunto que envolva o Metal Nacional.

Foi liberado no canal oficial do “Heavy Metal On Line”, seu mais novo documentário que aborta de forma inteligente e bem produzido, bandas que resgatam a história folclórica do país.

Ao todo são quatro bandas nacionais que apresentam suas temáticas culturais e rítmicas, em suas composições, fugindo dos padrões tradicionais do estilo, inovando com a inclusão de instrumentos tribais e regionais e o conceito lírico sobre os indígenas brasileiros e o sertão nacional.

Hoje o país possui uma forte união entre as bandas que levam essa proposta, conhecidos como “Metal Nativo”, as bandas conhecidas como tribais, ganham cada vez mais força dentro e fora do país.

No programa “O Metal Resgatando Nossa História” as bandas Voodoopriest, Tupi Nambha, Arandu Arakuaá, Hate Embrace, Cangaço e Natural Hate, apresentam suas influências e temáticas folclóricas escolhidas na abordagem individual de cada uma das bandas.

 

Fonte: Roadie Metal

17155458_1298066713573255_1564413543621519710_n 

Dia 22/04 (sábado), a cidade de São Paulo terá um evento grandioso e com uma proposta honesta em divulgar um dos maiores levantes que o metal nacional já teve em sua história,”Levante do Metal Nativo”, organizada pela BMU, que após anos inativa, ressurge com força e vem caminhando a passos largos para assumir o lugar de principal produtora de eventos no país, anuncia de forma oficial o evento “A Estrada para o BMU”.

Nessa edição, a organização reuniu quatro grandes nomes do cenário nacional, que fundem em sua musicalidade, elementos tradicionais da cultura indígena brasileira, seja nas letras, vestimentas, percussão ou ritmos incluídos nas harmonias criadas pelos músicos em suas respectivas bandas.

As bandas envolvidas nesse evento são todas representantes da organização “Levante do metal Nativo”, que tem como proposta, levar a cultura raiz brasileira, ou seja, temas que difundem Metal Extremo e os primórdios da historia brasileira.

O evento irá contar com quatro bandas conceituadas e conhecidas pela grande maioria do público nacional, como atração principal a banda Voodoopriest e seu Death/Thrash cheio de técnicas são a garantia de muito peso e desgraceira aos bangers que comparecerem ao evento, antes também terá as apresentações das bandas, Arandua ArakuaA, que vem se destacando como um dos principais músicos a expor conceitos indígenas nas sua proposta musical, como bandas de abertura o evento terá os veteranos do Armahda, com toda sua velocidade e vocais urrados e juntamente ao Tamuya ThrashTibre, serão os incumbidos a desde o início deixar o público batendo cabeça.

Voodoopriest - BMU.jpgA realização do evento será feita no “Gillan’s Inn”, localizado na AV: Luis Dumont Villares, Nº 628, na cidade de São paulo, abertura dos portões as 20:00, entrada por R$50,00 e o mezanino por R$60,00.

Mais informações no link do evento:

https://www.facebook.com/events/987560251379333/

Fonte: Roadie Metal