Aproveitando este período de reclusão. Não que muita coisa tenha mudado pro meu estilo de vida. Enfim, aproveitando que meus pertences estão mais a mão e carregar um livro pela casa ou deixá-lo ao lado da cama não constituem um fardo, voltei ao meu hábito, as vezes esquecido, de ler.
O primeiro livro que resgatei da estante para esse reencontro foi a autobiografia de Glenn Hughes, lendário músico que fez sua história ao lado do Trapeze, Deep Purple, Black Sabbath, Black Country Communion e California Breed, só para citar alguns.
Como se trata de uma autobiografia, as massagens de ego, martirização e elogios megalomaníacos são deixados de lado. O livro é bem pessoal e emotivo, Glenn fala abertamente sobre seu amor a música, garotas e sua experiência com as drogas.
As vezes com muito bom humor, algumas das passagens retratam verdadeiros perrengues em torno desta carismática figura. Em determinados momentos você chega a se perguntar: “Nossa! E ele ainda está vivo? E cantando?”. Momentos simplesmente surreais, mas concebíveis ao estado de saúde que Glenn apresentava com seu uso de drogas.
Falando das drogas, felizmente é uma história com começo, meio e fim dentro da trajetória de vida do músico, já que Glenn se afastou de sua doença a alguns anos.
Voltando ao quesito música, Glenn fala com muito carinho sobre suas canções e passa um rápido review sobre as inspirações e como foram concebidos seus clássicos ao longo da carreira. Os fãs do Purple irão adorar.
Divertido, emotivo e envolvente são alguns dos adjetivos que posso atribuir a este livro. O fator negativo fica pelo livro ter uma revisão um pouco pobre, com vários erros gramaticais. Mesmo assim uma boa leitura, indico a todos.