
Chris Boltendahl
Quatro anos após a última passagem pelo Rio de Janeiro, os alemães do Grave Digger retornam ao Teatro Odisséia com algumas novidades. A primeira delas logicamente é a presença de músicas do mais novo álbum da banda, The Living Dead (2018). A segunda é a ausência do baterista Stefan Arnold, que saiu da banda após a gravação do álbum.
Sendo assim, a responsabilidade das baquetas ficou a cargo do tecladista, Marcus Kniep, que acompanha a banda já a algum tempo. Já o citado teclado, bem… este fora substituído por um sampler. O restante do time continua o mesmo, a voz inigualável de Chris Boltendahl, o baixo de Jens Becker, e a guitarra de Axel Ritt.
Precisamente no horário marcado, 21:00 Hs, a banda sobe ao palco. Com um bom público presente, a banda mostra que o Power Metal ainda respira e que não precisa de ajuda de aparelhos.

Axel Ritt
Ovacionada pelos presentes, a banda iniciou o set com a nova composição, Fear Of The Living Dead, também faixa de abertura do novo álbum. A composição funcionou bem diante ao público. A banda apresenta uma trajetória bastante linear. O Grave Digger seguiu o show mesclando músicas de toda a sua carreira, arrancando coros do público presente.
Clássicos como Lionheart, Rebellion, Excalibur, e The Bruce foram entoadas por todos os presentes tirando vários sorrisos de Chris Boltendahl, que se mostrava um tanto quanto orgulhoso. As composições mais recentes mostram sua força e possuem total condição de serem consideradas como clássicos daqui a alguns anos, a única música que soou meio estranha, mas que para o público foi um grande momento de diversão foi Zombie Dance, é para se amar, ou odiar.
Fechando a noite, claro, não poderia faltar o hino, Heavy Metal Breakdown, música que nomeia o primeiro álbum dos alemães, lançado em 1984 e até hoje um dos maiores sucessos da banda.

Chris Boltendahl
Agora vamos aos detalhes técnicos, visivelmente Marcus Kniep precisa de mais tempo de estrada se realmente quiser assumir de vez o banquinho da bateria, apesar de algum tempo na banda, 10 anos para sermos exatos, o exímio showman Axel Ritt, ainda insiste em tentar mudar, ou talvez ele simplesmente não consiga executar, alguns solos de músicas mais antigas. Jens e Chris já possuem tempo suficiente de estrada e entrosamento para que alguma falha ocorra por conta deles.
Grande parte do público foi embora satisfeita, digo grande, porque com uma carreira tão extensa, fica difícil a banda conciliar tantos clássicos com os sons novos, completamente plausível. Mais uma daquelas noites em que os ponteiros do relógio deveriam correr mais devagar. Hail!!!

Jens Becker
Setlist: Fear of The Living Dead / Tattooed Rider / The Clans Will Rise Again / Lionheart / Blade of The Immortal / Lawbreaker / The Bruce (The Lion King) / The Dark of the Sun / Call For War / The Curse of Jacques / War God / Season of the Witch / Highland Farewell / Circle of Witches / Excalibur / Rebellion (The Clans Are Marching) / Bis: Healed By Metal / Zombie Dance / The Last Supper / Heavy Metal Breakdown.